Vamos conversar sobre os medrosos? Eu tenho um gatinho muito medroso em casa, o Belo... Ele é super amoroso conosco, mas tem muito medo de visitas e sempre que chega alguém em casa, ele se esconde. Eu respeito, e deixo ele quietinho na cantinho dele. Mas fui em busca de informações sobre os gatinhos medrosos, e vim contar tudo pra vocês!
Gatos são tidos como animais reservados, cautelosos, misteriosos. Se aproximam das pessoas quando veem oportunidade de ganhar, se não, ficam distantes. E se dissermos que parte dessa "timidez" pode ser gerada por medo? Gatos podem, sim, ser medrosos e, por causa disso, ter dificuldades de se relacionar com pessoas, outros animais e até objetos. As orientações a seguir podem ajudar você a lidar melhor com seu gatinho medroso.
• Filhotes: Primeiramente, devemos pensar na prevenção de problemas. Portanto, se você acabou de adotar um filhote, você deve começar a sociabilização deste animalzinho. Ou seja, expor o bichano a diversos estímulos (sons, objetos, pessoas, crianças, cães, outros gatos), associando-os com um alimento bem saboroso ou um carinho, e ele aprenderá a se sentir mais confortável diante de situações novas. Para evitar traumas e por consequência, um gato medroso, evite estímulos muito exagerados, como barulhos altos, pessoas estranhas querendo tocar o gatinho, objetos grandes e muito próximos ao pet. A ideia é apresentar gradualmente os estímulos, para que o felino ganhe confiança. Manipule bastante e faça carinho no filhote. É comprovado que manipulação precoce diminui as chances do gato se tornar medroso.
• Adultos: Se você já tem um gato medroso, a primeira providência é determinar exatamente qual o causador do medo – outro gato, uma criança, um barulho, um objeto. Devemos evitar expor o gatinho a essa situação fora dos treinos, para não traumatizá-lo. O treino deve começar providenciando um refúgio para o bichano – uma caixa de transporte – e ensinando o gatinho a descansar lá dentro. Coloque lá dentro rações, petisquinhos, brinquedos, um sachê com Catnip (erva que entretém gatos sensíveis ao princípio ativo, fazendo com que brinquem e relaxem) para que o gato se interesse em entrar na caixa.
Adaptado o refúgio, o felino deverá estar dentro dele sempre que for apresentado ao estímulo, porém a uma distância onde ainda não demonstre apreensão ou susto. Assim, devemos recompensar o bichano com um alimento saboroso, sem forçá-lo a entrar em contato com o estímulo. Diminuímos cada vez mais a distância entre o gato na caixa e o estímulo, até que possamos abrir lentamente a porta da caixa e ele tenha interesse em sair.
Se o medo for de pessoas entrando em casa, podemos também entreter o felino com brinquedos e alimentos, e recompensá-lo enquanto as pessoas se aproximam. Outra atitude benéfica é fazer refúgios no próprio ambiente, para que o gatinho medroso possa se esconder e sentir-se seguro. Gatos gostam de observar as situações do alto, e se sentem mais confiantes nesses locais, portanto, colocar prateleiras no alto, com caixas ou lugares onde o bichano possa entrar quando precisar sair de cena. Isso ajuda muito o gato a lidar com situações que considere perigosas, pois sente que tem uma "rota de fuga".
Se o medo for muito grande, outro aliado é um produto chamado feromônio sintético, que pode ser comprado em grandes lojas especializadas em produtos para animais. Esse produto tem a função de exalar odores que similares aos produzidos naturalmente pelos gatos, odores que transmitem tranquilidade e segurança.
• Atenção aos sinais: Os sinais mais comuns e as mudanças de comportamento que indicam estresse e medo exagerado costumam ser:
- Pupilas dilatadas;
- Fazer xixi e cocô em lugares impróprios, mesmo tendo sido educado a usar a caixinha de areia;
- Marcar território mesmo quando castrado e educado para não fazê-lo;
- Comportamento agressivo;
- Inquietude, ou seja, o gatinho é incapaz de relaxar, parece alerto o tempo todo;
- Letargia e depressão;
- Fugir das companhias e evitar mesmo seu dono, a quem tanto ama;
- Esconder-se;
- Tentar escapar constantemente;
- Perda de apetite;
- Vocalização excessiva e fora do comum, com aumento dos miados;
- Comportamento destrutivo;
- Tremores e ansiedade.
• Fique atento às causas do medo: As causas do medo podem ser de ordem ambiental, emocional e/ou físicas.
As principais causas relacionadas ao ambiente invariavelmente estão relacionadas à quebra da rotina, algo que é capaz de tirar muitos gatos do seu prumo.
→ As causas ambientais costumam ser:
- Barulhos de fogos de artifício, obras de construção, famílias discutindo, trovoadas;
- Mudanças de ambiente, tais como mudar de casa ou ter a casa redecorada;
- Mudanças leves de rotina, tais como mudar de emprego e voltar para casa em um horário diferente do dia ou ir de férias;
- Mudanças radicais na rotina, como a separação de um casal, chegada de um bebê, animal de estimação novo, morte de um animal de estimação que era seu companheiro, hóspedes novos, ausência de algum membro da família.
→ As causas relacionadas ao emocional do gatinho costumam ser:
- Ansiedade de separação;
- Saudades, causadas pela morte de um membro da família ou outro animal de estimação;
- Medo de agressão ou de gritos dos membros da família;
- Se o gatinho veio de um abrigo ou de um outro lar, ele pode ter sofrido algum tipo de agressão, e sem um tratamento será sempre desconfiado, mesmo quando muito amado. Ele pode ter sido muito marcado pelas dificuldades, e suas memórias podem ser tão vivas que o pet chega a acreditar que aquela continua sendo sua realidade;
→ As causas físicas, ou seja, problemas de saúde que podem ocasionar esse tipo de comportamento são:
- Obesidade ou desnutrição;
- Doenças silenciosas, porém dolorosas;
- Lesões de pele, entre os dedos, ou até mesmo embaixo das unhas e ouvidos;
- Infestação de pulgas, vermes ou outros parasitas;
- Alergias.
• Como resolver o problema: Treinamentos, com mudanças comportamentais por parte dos donos, pode ajudar. As terapias alternativas, como o uso de florais, acupuntura e homeopatia também costumam apresentar ótimos resultados, especialmente se aliados à mudança de comportamento dos membros da casa.
Manter seu gato ativo, com exercícios que estimulem sua mente e seu corpo, ajudam resolver esse tipo de problema.
É bom garantir que o medo do seu gatinho não seja reflexo de um problema físico, por isso, leve-o sempre para check-ups, para ter certeza de que não há nenhum mal físico.
Em casos extremos, os médicos veterinários podem prescrever medicações ansiolíticas. Nunca use uma medicação de seres humanos para sanar um problema que você acredita que seu gatinho tenha, menos ainda sem o conhecimento do veterinário. Isso pode ser mortal ao seu pet.
Muitos gatinhos, apesar da terapia comportamental e até do uso de medicamentos, podem não se tornar totalmente aptos a lidar com situações estressantes e causadoras de medo. Portanto, é importante visar a qualidade de vida do felino, fazendo com que ele viva num ambiente calmo e seguro.
E não se esqueçam: Essa é uma pesquisa feita na Internet. Qualquer dúvida em relação à saúde e comportamento do seu animal de estimação, consulte um veterinário.
→ Fontes de pesquisa: AgendaPet e Universo Pet.
Muito interessante, adorei as dicas! Obrigada amiga :)
ResponderExcluirFico feliz que gostou, Denise!
ExcluirMuito obrigada pela visita e pelo carinho!
=^.^=