Hoje 13 de dezembro é DIA DO DEFICIENTE VISUAL, e no Blog Diário de um Gato Cego, encontrei essa matéria, de cuidados que devemos ter com os bichanos que não enxergam o mundo do modo convencional, mas que enxergam tudo de um modo bem particular, bem emocional. Vem ver!
Gatos cegos podem ter cegueira desde o nascimento, má nutrição, doenças, crueldade humana etc. Mas uma coisa que todos os gatos e outros animais com necessidades especiais possuem é o fato de que podem ser amados, são ativos e desafiam o que nós, humanos, consideramos "deficiências".
• Tipos de deficiências:
Assim como acontece com os humanos, existem gatos que nascem com problemas visuais, enquanto outros os adquirem por doença, acidente ou velhice. Os graus de deficiência da visão variam bastante - podem ir desde uma leve degradação da acuidade visual ou dificuldade para focar imagens até apenas conseguir diferenciar a luminosidade ou, então, atingir a cegueira total. Quando a cegueira é parcial, em um único olho, fica difícil calcular a que distância estão os objetos. Com isso, a locomoção é prejudicada, especialmente nos saltos, reduzindo a agilidade.
• Adaptação:
Muitos proprietários levam meses para descobrir que o gato está com problema de visão. Esses casos ocorrem principalmente quando há uma boa adaptação por parte do felino à deficiência, o que é mais provável de acontecer se o problema evoluir lentamente ou se for de nascença. Já quando a deficiência aumenta rapidamente, os sinais ficam logo evidentes, pois o comportamento do gato tende a mudar de maneira drástica.
Com a ausência ou a diminuição da visão, o cérebro se transforma para privilegiar outros sentidos. Ganham importância principalmente o olfato, a audição e o tato. Na nova condição, a memória também passa a ter maior destaque. Infelizmente, gatos idosos não podem contar tanto com essas adaptações - sua plasticidade comportamental e neurológica costuma ser limitada.
• Olfato:
Pela concentração do cheiro, o gato consegue identificar a direção que deve seguir para encontrar a caminha dele, por exemplo. Ele sabe que está se aproximando do que procura ao perceber que o odor do cômodo onde o objeto se encontra torna-se mais forte. Pelo olfato, também, o gato pode identificar os objetos que foram trocados de lugar. Isso o ajuda a se sentir menos ameaçado, já que qualquer coisa nova no território pode ser sinônimo de perigo.
Por isso, para evitar estressar o gato que tem deficiência visual, sempre que você trouxer um objeto para casa ou lavar um que estava em uso, procure apresentá-lo a ele. Faça-o de maneira cuidadosa, para não assustar. Também deixe o seu cheiro nos objetos antes de colocá-los ao alcance do gato, para evitar que ele os estranhe. Por exemplo, quando o tapete ou a almofada voltarem da lavanderia, passe a mão neles. Permita também que o gato se esfregue nos objetos, pois a identificação será ainda mais facilitada.
• Audição:
Além de possuírem ótima audição, os gatos são capazes de detectar o local de origem dos sons com muito mais precisão do que nós, humanos. As orelhas direcionáveis colaboram bastante para essa capacidade. Por meio dos sons, o felino pode identificar quem está se aproximando e em qual velocidade. A identificação será ainda mais tranquila se as pessoas falarem com ele enquanto se aproximam e antes de fazer carinho. Outra dica é, ao chamar o gato, ficar emitindo sons até ele identificar corretamente a posição e nos alcançar.
• Tato:
Os bigodes do gato são pelos tácteis, que funcionam como antenas e facilitam o deslocamento na escuridão total. Por meio desse pelos, ele percebe obstáculos antes de bater neles e de machucar o focinho ou os olhos, por exemplo. Jamais corte esses pelos, portanto. Ainda mais, se o gato não enxergar direito. Experimente encostar o dedo nos pelos de um olho do felino e veja como ele o fecha imediatamente, para se proteger.
Gatos cegos utilizam os bigodes dia e noite, com a mesma finalidade dos gatos com visão perfeita quando estão no escuro. Dessa forma, podem se deslocar com um pouco mais de velocidade e parar imediatamente assim que seus bigodes tocarem em algo, evitando bater e se machucar.
Ver um gato tornar-se cego, gradual ou subitamente, pode ser uma experiência terrível, pois tendemos a comparar a perda da visão em gatos com a cegueira humana. Porém, seus outros sentidos são muito mais desenvolvidos – o olfato, a audição e o tato (patas, bigodes etc.), e ele terá uma vida absolutamente normal, com alguns cuidados:
- Manter a rotina do gato. Comedouro, bebedouro, cama e bandeja sanitária devem ficar nos mesmos lugares.
- Evitar mudar de lugar a mobília. E evitar deixar obstáculos no "caminho", como almofadas, cadeiras etc.
- Alertá-lo de sua aproximação, falando com ele, ou batendo palmas, embora ele sinta a vibração dos seus passos (na maioria dos pisos).
- Não corte as unhas do seu gato, elas irão ajudar durante as brincadeiras, escaladas, pois sem noção de altura, muitas vezes ele irá preferir escalar o local ou se ele escorregar de um lugar alto as unhas ajudam bastante a segurar ou amortecer a queda.
- Detecte o que pode ferir o gato em caso de colisão e, para protegê-lo, cubra os pontos ameaçadores com uma camada de espuma.
- Gatos com dificuldade visual preferem escalar a saltar. Por isso, sempre que possível, providencie rampas - opte por fazê-las com materiais não escorregadios.
- Quando você o pegar no colo, tome cuidado: ele ficará desorientado ao ser posto no chão em local desconhecido. Mas não haverá problema se for deixado na caminha dele ou na cadeira preferida, pois poderá identificar rapidamente o objeto e saber onde está.
- Caixas de papelão: sempre que puder mostre uma caixa de papelão para seu gato (sapato, tênis etc), isso irá gastar muita energia dele e irá deixa-lo muito contente.
- E o mais importante: relaxe e aproveite a vida com seu gato. Sendo cego ou não, uma coisa nunca vai mudar – o amor que ele sente por você.
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► E leia o livro "A Odisseia de Homero", de Gwen Cooper, e se encante com as peripécias de um gatinho cego, mas que nos faz enxergar a vida, de uma forma maravilhosa! Veja o post sobre o livro AQUI.
E lembre-se: Qualquer dúvida em relação a saúde e comportamento do seu animal de estimação, consulte um veterinário.
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