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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

PAPO DE GATEIRA: Diabetes Mellitus

Hoje, 14 de novembro, é o DIA MUNDIAL DO DIABETES. Vocês sabiam que os gatos podem ter Diabetes? Compartilho com vocês, um artigo da Dra. Laila Massad Ribas, do Portal Medicina Felina, vem ver!

Diabetes mellitus é uma síndrome que abrange uma série de doenças de causas diferentes e que se caracterizam por aumento da taxa de glicose no sangue (glicemia) decorrente da falta de insulina ou da sua incapacidade em exercer suas funções.

PREVALÊNCIA:
Nos últimos anos o número de gatos diabéticos aumentou significantemente e aparentemente as razões para esse aumento são o sobrepeso dos gatos atuais e dietas com altos índices de carboidrato. Além disso, é possível atribuir a esse aumento no diagnóstico o envelhecimento da população felina e maior número de visitas aos veterinários.

PREDISPOSIÇÃO:
Os principais fatores predisponentes são a obesidade e a idade avançada. Estudos demonstram que metade dos gatos com diabetes tem mais de 10 anos de idade.
Quando um gato tem mais 6,8 kg o risco de desenvolver diabetes é o dobro do que um gato mais magro.
Outros fatores podem estar relacionados, como sexo (macho são mais acometidos), raça (Sagrado da Birmânia por exemplo) e algumas drogas, como os corticosteroides.

COMO OCORRE?
Num gatinho saudável o pâncreas, que é um órgão que fica perto do intestino delgado e do estômago, produz uma série de substâncias vitais para o gato. Uma delas se chama INSULINA.
A insulina é um hormônio que promove a entrada da glicose nas células do organismo. Se o pâncreas não produz insulina ou se o animal tem resistência insulínica a glicose se acumula no sangue e na urina.

Podemos então dividir a diabetes nos gatos em duas grandes causas:
- Diminuição da produção de insulina (antes conhecido como tipo I) – rara em gatos;
- Resistência insulínica (antes conhecido como tipo II) – mais comum em gatos.

HIPERGLICEMIA e SINTOMAS:
O excesso de glicose no sangue é denominado hiperglicemia. Nesses casos a glicose atua como um diurético osmótico, ou seja, aumenta o volume e diminui a concentração da urina. Com isso o gato passa a urinar com mais frequência (poliúria) e se está perdendo líquidos então fica desidratado e com mais sede, aumentando a quantidade de água ingerida por dia (polidispsia).
Além disso, ocorre perda de glicose pela urina, coisa que não ocorre num animal saudável e essa perda gera perda de peso e aumento do apetite (polifagia).
Alguns gatos podem desenvolver alterações neurológicas por depósito de sorbitol (um produto gerado a partir da glicose) dentro dos nervos. Esses gatos caminham com os calcanhares totalmente apoiados no chão (andar plantígrado).

MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO:
Exames de sangue e urina são os principais métodos de diagnóstico da diabetes, e incluem dosagem de glicemia, dosagem de frutosamina (que é uma proteína que se liga na glicose no sangue), dosagem de corpos cetônicos no sangue e na urina e dosagem de glicose na urina.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Com relação aos sintomas é preciso diferenciar diabetes de doença renal crônica, Diabetes insipidus, hipertireoidismo  e quadros infecciosos.
Com relação ao aumento da glicemia é preciso diferenciar da hiperglicemia por estresse. Os gatos apresentam altos níveis de glicose no sangue quando estão estressados, o que ocorre em quase todos os casos de coleta de sangue.

TRATAMENTO:
O principal tratamento é a reposição de insulina por via injetável. Existem diversas marcas de insulina no mercado que apresentam bons resultados nos gatos.
Durante o tratamento o gatinho pode precisar de um acompanhamento bem de perto para monitorar o índice de glicose no sangue e não ter nenhuma crise de hiper ou hipoglicemia.
O controle do peso ou até mesmo uma dieta especial pode ser necessária, mas sempre com acompanhamento de um profissional.
Gatos podem apresentar diversas situações durante o tratamento, pois podem passar uma fase sem precisarem de insulina, depois podem voltar a tomar insulina e podem até mesmo se curar da doença, coisa que não ocorre nos cães. Por isso é tão importante o controle.

PREVENÇÃO:
Como já é possível adivinhar a melhor forma de prevenir é mantendo seu gato dentro do peso e com dieta adequada.

Essas informações não devem ser interpretadas como forma de diagnóstico. Nunca medique seu gato sem orientação de um veterinário.
→ Os créditos desse post pertencem ao Portal Medicina Felina

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