INÍCIO

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

PAPO DE GATEIRA: Esporotricose

Tenho visto nas redes sociais uma grande circulação de informações sobre a Esporotricose. Mas, infelizmente, muitas mentiras estão circulando também... Por isso, fui até o portal Medicina Felina, buscar mais informações, já que eu acho o portal Medicina Felina muito sério e coerente em suas publicações. Encontrei esse ótimo post da Dra. Laila Massad Ribas, falando sobre a Esporotricose e compartilho com vocês! 

"A esporotricose é uma doença causada por uma levedura (fungo) chamada Sporothrix Schenckii e é considerada uma zoonose, ou seja, transmite dos animais ao homem.
O fungo encontra-se na natureza e pessoas que trabalham com a terra, como floricultores, mineiros, jardineiros e pedreiros são mais predispostos a contrair a doença. Os veterinários também têm mais predisposição devido ao contato direto com animais.
Regiões tropicais e sub-tropicais apresentam maior numero de casos de esporotricose, pois o fungo precisa de altas temperaturas e umidade para se replicar.

TRANSMISSÃO:
O fungo penetra na pele através de uma inoculação, seja acidental ou traumática. No caso de contaminação pela terra um pequeno ferimento na pele é suficiente para que ocorra essa inoculação. No caso dos animais, o fungo fica sob as unhas e região de boca e nariz e um pequeno arranhão ou mordedura também é suficiente para que o Sporothrix seja inoculado na pele.
Além do gato, os cães e os coelhos também podem transmitir a doença por arranhadura e esses animais não precisam estar potencialmente doentes para transmitir. Além disso, a transmissão ocorre entre os animais, principalmente durante as brigas.

SINTOMAS:
Nos gatos as formas cutâneas são as mais comuns, ou seja, é mais comum aparecer lesão na pele, mas outras regiões podem estar acometidas, como mucosas, pulmões, ossos, articulações e sistema nervoso central.
As lesões de pele costumam ser graves, principalmente na região da cabeça e extremidade das patinhas (locais comuns de machucados nas brigas). São feridas que não saram com antibióticos, pomadas ou qualquer outro tratamento convencional e geralmente não causam dor, nem coceira (exceto em casos de infecção secundária por bactérias).
Sintomas de comprometimento sistêmico podem ocorrer, como fraqueza, anorexia e febre.
Nos cães e no homem também ocorre aumento dos linfonodos (gânglios), o que não ocorre com frequência nos felinos.

DIAGNÓSTICO:
O médico veterinário se baseia nas informações ditas pelo proprietário, como histórico de brigas, acesso à rua, moradia em regiões endêmicas, etc, mas são os exames de citologia, cultura de fungos e/ou biópsias das lesões que fecham o diagnóstico.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Outras doenças que podem causar lesões semelhantes são: alergia alimentar, sarnas e criptococose.

TRATAMENTO:
O tratamento da esporotricose é extremamente demorado, podendo levar meses para atingir a cura da doença. São administrados antifúngicos orais e, em caso de infecções secundárias, antibióticos.

PROGNÓSTICO:
Infelizmente nem todos os animais respondem ao tratamento e deve-se levar em consideração o risco de transmissão dos gatinhos para os proprietários. Muito cuidado com crianças e gestantes na casa de um gato com esporotricose, pois são mais suscetíveis a complicações da doença.
Cuidado com falsos diagnósticos. Somente um médico veterinário munido de exames pode confirmar a doença, portanto não se precipitem. Nem todas as lesões de pele em cabeça são causadas pelo Sporothrix.

EUTANÁSIA:
Essa é uma questão bastante discutida. A eutanásia é uma decisão que só cabe ao proprietário e ele deve estar ciente de duas coisas muito importantes: a esporotricose pode ser transmitida para as pessoas que convivem com aquele gato, mas por outro lado, ela pode ter cura. Com isso as pessoas precisam entender que nem todos os animais devem ser sacrificados, mas que em casos bastante avançados e com sofrimento animal a eutanásia pode ser levada em consideração.

IMPORTANTE:
Você é o responsável pelo seu gato e não pode abandoná-lo na rua caso ele esteja doente (sob as penas da lei de proteção animal).

Essas informações não devem ser interpretadas como forma de diagnóstico. Nunca medique seu gato sem orientação de um veterinário.

Dra. Laila Massad Ribas".

Pessoal, resolvi postar essa matéria no Blogateira, porque eu sei que muitas pessoas que leem o Blogateira não conheciam o Medicina Felina. Além de o texto estar excelente, ainda divulgo o portal Medicina Felina que eu gosto muito!

• Mas lembrem-se: Qualquer dúvida em relação a saúde do seu animal de estimação, PROCURE UM VETERINÁRIO!
→ Os créditos desse post pertencem ao portal Medicina Felina: AQUI.

2 comentários:

  1. Parabéns pela postagem ...nossos bichinhos merecem carinho e atenção sempre..amo gatos e o meu tem esporo e está em tratamento..o outro infelizmente não correspondeu ao tratamento e não tive outra alternativa senão o sacrificio..Informação é tudo..bjos..

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    1. Olá, sim carinho, amor e atenção são 'remédios' que ajudam em qualquer tratamento! Infelizmente em casos mais graves da doença, a eutanásia é a melhor a coisa a se fazer, para evitar um sofrimento maior ao animal... Fico na torcida para que seu gatinho, que está em tratamento, se recupere e fique totalmente curado! Obrigada pela visita! Beijos =^.^=

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