PAPO DE GATEIRA: Gatos x Lagartixas

Recebi uma colaboração de minha 'amigateira' Cris Ramos (que por sinal, tem um Blog maravilhoso, que eu adoro, o Cris Balzac, AQUI), falando sobre os gatos e sua perigosa ligação com as lagartixas, e achei importante compartilhar com vocês, afinal, precisamos cuidar direitinho de nossos bichanos amados, não é verdade? Então, vem ver! ;)

Todo bichano é caçador nato, e uma das presas favoritas dos gatos são as lagartixas.
Mas o ato de caçar esses pequenos répteis pode ocasionar em doenças graves aos gatos, portanto, fiquem atentos!

Existem muitos agentes infecciosos associados a distúrbios hepáticos em felinos, incluindo vírus, bactérias, fungos e parasitas.
Entre os parasitas, o platynosomum concinnum é a fascíola hepática mais importante nos gatos. Trata-se de vermes achatados, que são encontrados em regiões tropicais e subtropicais.
Este trematódeo geralmente habita os ductos biliares e vesícula biliar do gato, mas pode ser encontrado no duodeno ou outras porções próximas do intestino e ductos pancreáticos.
A infecção por esse agente se dá através da ingestão da lagartixa. As infecções em geral podem ser mais brandas, causando uma discreta anorexia, ou muito graves, podendo levar o animal a óbito.
Os sinais clínicos serão proporcionais ao grau de infestação, geralmente há: 
- Diarreia mucóide;
- Inapetência;
- Perda de peso;
- Anorexia e vômitos. 
Se houver colestase (redução do fluxo biliar) poderá ser percebida a icterícia, hepatomegalia, anemia, ascite e aumento palpável da vesícula biliar.
A consequência do parasitismo intenso é a colestase e o desenvolvimento de um processo inflamatório hepático, o que pode causar uma colangite e até mesmo uma fibrose, em quadros crônicos. 
De uma maneira geral, os gatos que apresentam esses distúrbios biliares, além dos sintomas acima citados, podem, ainda, ter dor abdominal, febre e perda de peso.
Gatos caseiros diagnosticados com platinosomíase geralmente têm mais de dois anos de idade e com histórico de se alimentar com lagartixas. 
Se o seu gato tiver acesso a locais que tenham a presença de lagartixas, observe se existe interesse da parte dele em brincar, tentar caçar, matar e, enfim, ingeri-las. Caso isso ocorra, e seu animal apresentar algum dos sintomas descritos, procure orientação do seu veterinário.
Alguns testes laboratoriais podem estar contribuindo para se chegar a um diagnóstico, como por exemplo, um hemograma completo, que deverá indicar, na maioria das vezes, caso seu gato esteja infectado, uma eosinofilia (aumento do número de eosinófilos, que fazem parte da série branca), uma perda sanguínea intestinal, etc.
Já os testes bioquímicos, vão apontar um aumento das enzimas do fígado, como por exemplo, a fosfatase alcalina. Se tiver que optar por um Raio X ou um Ultrassom, escolha a segunda opção, que é mais confiável para avaliar as estruturas biliares.
Convém frisar que esse agente é muito perigoso, e muitas vezes o diagnóstico torna-se difícil, se não houver a informação de possível contato do gato com lagartixas.

Pessoal, cuidem para que seu gatinho não tenha contato com lagartixas, mas é importante lembrar, que esses pequenos répteis são importantes para um eco sistema equilibrado, e também para nossa casa. As lagartixas se alimentam de insetos, aranhas, mosquitos, baratas. Basta que fiquemos atentos e se perceber que nossos gatinhos estão prestes a capturar uma lagartixa, podemos espantá-la, ela vai fugir pra longe rapidinho!

 

 → O conteúdo desse post foi uma pesquisa feita na Internet. Qualquer dúvida em relação à saúde do seu animal de estimação, consulte um veterinário.