Pois é, costumo dizer que eu sou um "dramalhão mexicano".
Um dia eu odeio alguém mortalmente, e no dia seguinte, vou tomar sorvete com a pessoa e acho que foi o melhor passeio da minha vida!
Amo até o coração explodir! Depois eu vejo que nem era taaanto amor assim... Tá era amor, mas o coração não explodiu.
Hoje eu quero morrer, desistir da vida, nunca mais quero ver a luz do sol. Amanhã eu vou comprar roupas novas, porque não tenho "nada" para vestir... Mas eu não queria morrer? Quem vai morrer precisa de roupas novas pra quê?!
Ah mas na verdade eu não queria morrer mesmo... Eu queria apenas desistir de algo naquele momento. O morrer foi só pra deixar mais dramático.
Dizem que isso é coisa de escorpiana. Se é eu não sei, só sei que parei de me importar.
Sim, porque antes eu me achava maluca (tá hoje eu tenho certeza, e daí?!), sentia até remorsos por ser tão inconstante... Hoje acho graça!
Eu consigo rir dos meus "dramas". Mas não tento mais refreá-los. Não estava adiantando... E afinal, tudo o que a gente resiste, persiste não é mesmo?
Mas o que é a vida sem os dramas, momentos de alegrias, euforia, tristezas? Esses momentos vão existir pra sempre, todos os dias... Basta saber lidar com eles.
Se eu sei lidar com eles? Claro que não!
Eu vou continuar odiando até a morte, amando até o coração explodir, vou continuar sentido vergonha por ter chorado exageradamente... Mas hoje eu sei que existe um remédio, uma luz me esperando lá no fim do túnel, um antídoto, uma macumba, uma reza brava, uma oração, uma promessa que se chama AMANHÃ!
Então... Só me resta HOJE chorar, sorrir, sentir vergonha, odiar, amar... E tomar o "remédio", que o Dr. TEMPO me receitou, mas isso só AMANHÃ.
Agora vocês entenderam porque eu pedi para não me levarem tão a sério?
Porque nem eu faço isso mais... Se eu for me levar a sério, amanhã vou sentir vergonha disso.
E depois de tudo isso, um "Momento ClariceANDO" (ah o que seria de mim sem Clarice?):
"Sou irritável e firo facilmente. Também sou muito calma e perdoo logo. Não esqueço nunca. Mas há poucas coisas de que eu me lembre." (Clarice Lispector)
Gisleine Sanches.
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